Metade dos LGBTs que foram à Parada paulistana em 2016 afirma já ter sofrido preconceito na cidade de São Paulo.
É o que revela pesquisa inédita feita pelo Observatório de Turismo e Eventos, sob encomenda da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura, que entrevistou durante o evento 994 pessoas –67% dos quais se declararam lésbica, gay, bissexual, transexual, travesti ou transgênero.
Desses 666 membros da comunidade LGBT, 333 afirmaram terem sido vÃtimas de preconceito na cidade de São Paulo em algum momento da vida.
Os que afirmaram ter sofrido preconceito então citaram onde estavam quando sentiram-se hostilizados ou inferiorizados por sua sexualidade ou identidade de gênero:
47,1% no ambiente de trabalho
38,9% no ambiente escolar
30,2% no comércio ou local de lazer
4,5% no ambiente familiar
4,5% no ambiente religioso
(O mesmo entrevistado podia citar mais de um local onde tenha se sentido discriminado, por isso a soma das cifras supera 100%.)
Além da discriminação, a pesquisa apontou aspectos das pessoas que foram à avenida Paulista em 29 de maio, como:
A maioria está lá para curtir
A principal motivação citada pelos entrevistados foi “Curtir o evento” (57,6%). A luta pelos direitos LGBT ficou em segundo, foi citada por 20,3% dos entrevistados.
Gays cisgêneros brancos são maioria
Mais de metade dos entrevistados se declarou homem, homossexual e cisgênero (que se identifica com o gênero que lhe foi designado socialmente).
Vim, vi, vazei
Visitantes que fazem um bate-e-volta, vindo para São Paulo para participar do evento e voltando para sua cidade no mesmo dia, somam 38,8% dos turistas.
(CHICO FELITTI)